2012-06-27

M28 - Convívio da C.Art 3539

ficam aqui alguns registos fotográficos do evento que decorreu no passado dia 23, em Nogueira de Regedoura
2012 Convivio da C.Art. 3539 em Nogueira de Regedoura
2012 Convívio da C.Art.3539 - Album de H.Jesus





2012-06-24

M27 - A Mesa...
Tomo como boa a informação a declaração do ex-Alf Mil Nuno Saldanha sobre a mesa que figura na mesa da imagem; in  http://almaviva.blogspot.pt/2007/05/mesa-do-lucusse.html

petisquei lá uma ou duas vezes mas nada posso confirmar
 ... é a vida!
 ... que, enquanto por lá andei e pela força das circunstâncias, não me dava preocupações existenciais
azevedo

2012-06-13

M25 - Equipa maravilha1 (CCS)
A EquipaMaravilha1, de futebol de onze, da CCS; um combinação complexa de atletas talentosos, de voluntariosos e de  inábeis  

Três, estiveram no convívio 2012, no R.A.5, já confirmaram que  figuram neste registo fotográfico, e ... prometeram recuperar parte da boa forma fisica que, à data, evidenciavam. 
Dos restantes, bom seria dispormos de mais informação;  agradecemos toda a  colaboração que viabilize a rápida identificação dos mesmos.   

2012-06-07

M24 - Convívio 2012 da CCS em 02jun2012

Fotos do Convivio da CCS que decorreu no R.A.5 em 2jmun2012

Temos ainda o video produzido pelo J Braga; foi propositadamente feito aditamento à montagem original, para facilitar um visionamento sereno, simultaneamente com uma reflexão sobre o tema: os anos passam e a idade chega


2012-06-05

M23 - CORDÃO UMBILICAL
A noite cai suavemente como acontece nos meses de Verão em Lisboa. Apesar desta acalmia e do deslizar indolente da noite, os espíritos estão agitados, confusos, medrosos, ansiosos... Há um ruído de fundo no ar, motivado pelo caminhar apressado das pessoas e das vozes que transmitem diálogos íntimos, aflições e conselhos.
Os pais rodeiam os filhos, as namoradas enlaçam os namorados nos recantos mais escondidos, os amigos despedem-se, há meias palavras no ar cortadas pelo nó apertado das gargantas. Lá fora estão a começar as festas dos Santos Populares, as Marchas, e prepara-se a comemoração do 10 de Junho. Mas aqui … da parte de dentro do arame farpado, nada disso interessa, conta apenas o que irá acontecer nos próximos minutos.
Estou só, sem família, sem amigos; considero que isto só a mim me diz respeito, por isso não convidei ninguém para estar aqui. Os meus não sabem desta noite, deixei dentro de um livro o meu Testamento, para ser realizado se o pior me acontecer; como é possível um jovem com vinte e dois anos fazer um testamento? Há coisas na vida... Despedi-me de todos um a um como se fora para uma festa; apenas uma tia velhinha desconfiou da minha despedida: “Zé, vais para a guerra”?  “Não tia, estive de férias e agora vou regressar ao quartel”!... “Pois, pois”.
Há muito que espero este momento, esperava dele uma noite de reflexão, de vigília, como a dos velhos mareantes, que a passavam na Ermida de Nossa Senhora de Belém, lá para os lados do Restelo, mas não sou capaz de me concentrar, apesar do meu domínio mental e do meu sangue frio, o ambiente contagia-me, às vezes os olhos ficam-me molhados, tenho um nó na garganta, as palavras são cortadas quando um camarada me bate nas costas.
O tempo esgota-se rapidamente, somos chamados a formar, de seguida e em fila indiana entro dentro do Boeing 707, dos TAM. Da janela vejo a penumbra da noite e as luzes da minha Lisboa, ao longe. O avião começa a deslizar, ou são os edifícios que se afastam? Este faz uma curva muito lenta a noventa graus, entra na pista de descolagem, os motores começam a roncar com um ruído ensurdecedor, a velocidade aumenta, aumenta e … estamos no ar.
Neste momento o meu CORDÃO UMBILICAL é cortado, para trás fica o conhecido, o mensurável, o aconchego familiar, os amigos; à minha frente está o desconhecido, o medo, o perigo, o inimigo. Será que voltarei a ver estas luzes? Talvez, talvez!...

Lisboa, Figo Maduro, 06/06/1972

“Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca
como uma verdade de que não partilho,
e lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível 
p´ra mim”.

Álvaro de Campos, in Poemas, o poema Noite Terrivel
(heterónimo de Fernando Pessoa)


Ferreira, ex-furriel miliciano, CCS